Abelhudos Abelhudos - Ruas de Fogo

Sempre fui mansinho
Tipo bem educado
Uma pessoa fácil de se gostar
Sempre via as coisas pretas, mas sou cabeça feita
Esperei um dia tudo mudar

Nunca entendi porque ninguém é culpado
Nas histórias que eu ouço contar
Se a gente aprende essa coisas
Então mais tarde
Deixa tudo assim como está

Ou eu tô louco
Ou falta pouco pro sufoco ser geral
Ou a gente dá um jeito
Ou viramos marginal

Já cansei de ver bandido
Vir batido, se dar bem
Ser manchete de jornal

Como alguém que não faz mal
Vou acender o mundo com meu fogo
Pois se a justiça é cega o mundo é um belo jogo
Brincar com fogo sei que é perigoso
Mas quero um dia enfim viver em paz de novo

E assim grito até o fim
"Queime, queime! Quem quer me queimar!"
Fogo, fogo
Jesus um dia disse com certeza
"Vinde as minhas criancinhas". Que beleza!
No reino dele eu sei que eu tô feito
Mas aqui também eu quero meu direito

Daqui pra frente vai ser do meu jeito
E quem quiser pode me acompanhar
Ruas de fogo que queimam em meu peito
Nem bombeiro pode apagar
Nem bombeiro pode apagar